Acusações foram prontamente rebatidas no STF, com apoio da PGR e AGU
A Folha de S. Paulo, por meio de sua coluna Painel, reconheceu nesta quarta-feira (14) que contribuiu para fortalecer a narrativa bolsonarista ao divulgar mensagens sugerindo uma suposta atuação irregular do ministro Alexandre de Moraes no STF, em sua luta contra o extremismo de direita. O jornalista Glenn Greenwald havia relatado que Moraes teria conduzido investigações de forma não oficial, utilizando a Justiça Eleitoral, que presidia na época, para fundamentar decisões no inquérito das fake news contra bolsonaristas. A divulgação gerou reações imediatas de aliados de Jair Bolsonaro, que passaram a pedir anistia para os envolvidos nos ataques contra o Estado Democrático de Direito.
As acusações foram prontamente rebatidas no STF, com apoio de ministros, além do procurador-geral da República e do advogado-geral da União. O gabinete de Moraes esclareceu que seguiu rigorosamente todos os ritos legais durante as investigações. As tentativas de descredibilizar o magistrado, segundo os críticos, fazem parte de uma estratégia para enfraquecer a defesa da democracia e proteger bolsonaristas envolvidos em atos golpistas.
Entre os articuladores da pressão sobre Moraes, destaca-se o senador Eduardo Girão (Novo-CE) e a deputada Bia Kicis (PL-DF), que alegaram ao Painel suposta parcialidade nas decisões do ministro. No entanto, essas acusações carecem de base sólida e são vistas no STF como parte de uma campanha coordenada para minar as instituições. O governador Tarcísio de Freitas declarou ao jornal apoio aos movimentos, o que poderá aumentar a tensão no cenário político nacional.
“Agora ficou provado que ele era suspeito, que não podia votar nada disso. Porque ele era totalmente parcial. Então pelo mesmo motivo que se anulou lá atrás a condenação do Lula, eu acho que tem que aplicar agora”, disse Kicis.