No último ano, mais de 14,7 milhões de pessoas superaram a fome no país
O Brasil está próximo de deixar o Mapa da Fome, dois anos após ter retornado à lista da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Segundo Jorge Meza, representante da FAO no Brasil, a fome no país aumentou durante a pandemia, mas as medidas de assistência social e programas de geração de renda sustentável têm sido fundamentais para a recuperação.
Atualmente, o Brasil apresenta uma média móvel de subalimentação de 3,9% no período de 2021 a 2023. Para sair do Mapa da Fome, é necessário que esse indicador seja reduzido a 2,5% ou menos. Meza destacou que, se o Brasil continuar nesse ritmo, é provável que até 2030 o país tenha alcançado bons resultados na erradicação da fome.
A fome no Brasil deve ser combatida em etapas, começando pela garantia de alimentação adequada e segurança alimentar. No último ano, mais de 14,7 milhões de pessoas superaram a fome no país. Além disso, a insegurança alimentar grave, que tinha uma média de 8,5% entre 2020 e 2022, caiu para 6,6% entre 2021 e 2023, evidenciando sinais de melhora.
Para alcançar esse objetivo, Meza ressaltou a importância da ciência e tecnologia, bem como a integração de programas sociais, como o Programa Brasil sem Fome, que envolve mais de 80 iniciativas governamentais. A agricultura familiar, responsável por mais de 60% dos alimentos consumidos no país, também é um pilar essencial na luta contra a fome.