EUA querem fechar acordo de minerais com Brasil, mas há ressalvas no Planalto por tensões com China

EUA querem fechar acordo de minerais com Brasil, mas há ressalvas no Planalto por tensões com China

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Em meio à sua intensa campanha para cada vez menos depender da China, o governo dos Estados Unidos quer anunciar, na cúpula do G20, um acordo de transição energética em que o Brasil seria fornecedor preferencial de minerais críticos para os norte-americanos.

De acordo com a Folha de S.Paulo, em maio, representantes do Palácio do Planalto estiveram em Washington para discutir o tema e o secretário-assistente de Estado para Recursos Energéticos, Geoffrey Pyatt, foi a Brasília e Minas Gerais em julho.

Pyatt esteve na capital brasileira falando sobre o assunto e em Minas Gerais, onde a descoberta de reservas de lítio no Vale do Jequitinhonha tem gerado uma onda de investimentos, assim como em Poços de Caldas.

As discussões são lideradas pelo Conselho de Segurança Nacional, ligado à Casa Branca, com participação do Departamento de Estado e do Departamento de Energia.

No entanto, há duas ressalvas em Brasília para as tratativas, segundo a mídia.

A primeira é que o governo brasileiro quer garantias de que esse acesso preferencial teria, como contrapartida, investimento na cadeia produtiva de tecnologia de transição energética e uma ala do governo estaria cética em relação à capacidade da Casa Branca de concretizar esses investimentos. Por isso, autoridades brasileiras querem algumas ofertas mais tangíveis de financiamento.

A outra ressalva é um certo tipo de apreensão de que um acordo desses seja visto como um posicionamento na Guerra Fria entre China e EUA.

Ainda segundo a mídia, os norte-americanos gostariam também que o Brasil aderisse à Parceria Global para Investimento e Infraestrutura (PGII, na sigla em inglês), a resposta dos EUA e do G7 para a Iniciativa Cinturão e Rota da China, que financia obras de infraestrutura no mundo.

Hoje, o governo Lula discute com Pequim a entrada do país no programa, ação que pode ser coroada com a visita de Estado do presidente chinês, Xi Jinping, a Brasília, em 20 de novembro.

*Sputnik

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