Venezuela: governo denuncia atas falsas na contagem da oposição

Venezuela: governo denuncia atas falsas na contagem da oposição

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O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, apresentou uma série de documentos que indica o que chamou de “grande farsa” da oposição em relação às eleições que ocorreram no dia 28 de julho, afirmando que a suposta contagem apresentada pela Plataforma Unitária em uma página da internet é repleta de fraudes.

Rodríguez disse, na noite de sexta-feira (02/08), que os dados apresentados pela oposição contém irregularidades, como atas falsas ou minutas sem assinaturas de testemunhas e dos operadores das urnas. A contagem paralela serviu de base para o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken declarar que Edmundo González Urrutia foi eleito presidente da Venezuela.

A oposição utilizou um site para criar os seus registros eleitorais. De acordo com o relatório do governo, a página “www.resultadospresidencialesvenezuela2024.com” foi adquirida na véspera das eleições e que o domínio foi alugado por um ano. Rodríguez e um grupo de especialistas se debruçaram sobre a reprodução digital dos papéis.

“Revelamos a farsa, publicada num site, das supostas atas apresentadas pela extrema direita, sem dados sobre membros das mesas de voto, testemunhas, operadores de máquinas e até assinaturas falsas. A extrema direita nunca esteve disposta a reconhecer os resultados eleitorais!”, afirmou.

Sobre os detalhes do site, o domínio foi adquirido no Reino Unido e com um servidor da Amazon, razão pela qual Rodríguez criticou o bilionário Jeff Bezos, dono da Amazon, de também estar no “jogo” do golpe de Estado contra a Venezuela.

 

Os documentos apresentados pelo governo apontam que o site da oposição contém apenas 9.468 atas, ou 31% do total, o que seria insuficiente para determinar o resultado final.

Além disso, de acordo com Rodríguez, no compilado reunido pela Plataforma Unitária aparece pessoas que já morreram como eleitores votantes, como o jornalista venezuelano Ricardo Durán, assassinado em 2016.

“Tinham decidido não aceitar o resultado do CNE. Fizeram uma pantomima, uma espécie de CNE paralelo através desta página, nunca estiveram dispostos a aceitar o resultado do árbitro eleitoral”, denunciou.

A coalizão de extrema direita Plataforma Unitária alega que houve fraude no pleito após os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) darem vitória a Nicolás Maduro, do Grande Polo Patriótico. Sem reconhecer a reeleição do atual presidente do país, os opositores falam que o verdadeiro vencedor seria Edmundo González Urrutia.

Com contagem de 96,87% das urnas, Maduro recebeu 6,4 milhões de votos, equivalentes a 51,95% do total apurado. Enquanto Urrutia reuniu 5,3 milhões, totalizando 43,18%, e ficou com o segundo lugar.

*Opera Mundi

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