FUP questiona suposta relação entre roubo de joias e privatização de refinaria

FUP questiona suposta relação entre roubo de joias e privatização de refinaria

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Ministro de Minas e Energia se apossou de peças valiosas um mês antes de refinaria na Bahia ser vendida por menos da metade do preço

O ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 11 integrantes de seu governo foram indiciados pela Polícia Federal pela participação em um esquema de desvios e venda de joias – contudo, um detalhe chama a atenção: o então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, se apropriou de peças valiosas em viagem realizada um mês antes da venda de uma refinaria na Bahia por menos da metade do preço para um fundo árabe.

O conjunto de abotoaduras, terço, anel e relógio confeccionados em ouro rosé, que por lei pertence ao Estado, foi presenteado ao governo brasileiro entre 2019 e 2021, período em que a gestão bolsonarista da Petrobras privatizou a Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, vendendo-a para o Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes.

Os presentes foram dados ao governo federal em outubro de 2021 e, em 30 de novembro de 2021, a Petrobrás anunciou a venda da refinaria para o fundo dos Emirados Árabes por US$ 1,65 bilhão, menos da metade do seu valor de mercado – estudos do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) apontaram que o preço real da refinaria ultrapassava os US$ 3 bilhões.

“Uma auditoria feita pela Controladoria Geral da União (CGU) apontou que a venda às pressas da Rlam durante a pandemia, em um momento de calamidade global e com o preço do petróleo em baixa, reduziu de forma artificial o valor da refinaria”, afirma a FUP (Federação Única dos Petroleiros), em comunicado divulgado recentemente.

*GGN

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