Moro defende Bolsonaro mesmo após indiciamento por roubo de joias

Moro defende Bolsonaro mesmo após indiciamento por roubo de joias

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Ex-juiz suspeito, hoje senador, se desmoraliza cada vez mais como combatente da corrupção.

O ex-juiz suspeito Sergio Moro, atualmente senador, defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após este ser indiciado pela Polícia Federal (PF) em um caso que investiga a venda ilegal de joias sauditas do acervo presidencial, ou seja, peculato – o que equivale a roubo.

A defesa de Bolsonaro por Moro acontece mesmo diante de múltiplas acusações e investigações que pesam contra o ex-presidente, incluindo a participação em um esquema de fraude de cartões de vacina e suposta incitação aos atos golpistas de 8 de janeiro – o que o desmoraliza cada vez mais como suposto paladino da luta contra a corrupção.

Bolsonaro e mais 11 pessoas foram formalmente indiciados no inquérito conduzido pela PF, que também aponta o ex-presidente como suspeito de ter tentado um golpe de Estado por meio de alterações em decretos. Além disso, Bolsonaro é um dos investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) por seu possível papel como incitador dos ataques aos três poderes no dia 8 de

janeiro. Suas ações durante a pandemia de Covid-19, que incluíram a incitação ao público para não usar máscaras e associações infundadas entre vacinas e o vírus da Aids, adicionam gravidade às suas controvérsias.

O ex-ministro Sergio Moro, que deixou o governo Bolsonaro alegando tentativas de interferência na Polícia Federal, agora enfrenta críticas por seu apoio a Bolsonaro, contrastando com sua imagem anterior como um rigoroso combatente da corrupção. Este apoio surge em um contexto onde Bolsonaro já enfrenta investigações por violação de sigilo funcional e interferência na PF. A posição de Moro, defendendo Bolsonaro apesar das crescentes evidências e acusações, coloca em xeque sua consistência e comprometimento com a luta contra a corrupção no Brasil.

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