Pesquisas apontam que país pode ter o chamado sistema de ”coabitação”, quando presidente e primeiro-ministro têm ideologias diferentes
Eleitores da França vão às urnas neste domingo (29) no primeiro turno das eleições parlamentares antecipadas. A votação poderá derrubar a aliança centrista do presidente Emmanuel Macron e deixá-lo ver os restantes três anos do seu mandato presidencial em uma estranha parceria com a extrema direita.
A votação começa às 8h (3h de Brasília) e encerram no mesmo dia às 20h (15h de Brasília). No sábado, eleitores dos territórios franceses votaram.
O processo de dois turnos, com o próximo marcado para 7 de julho, terminará com a eleição dos 577 membros da Assembleia Nacional. A eleição acontece de forma distrital.
O pleito foi convocado três anos antes do necessário e três semanas depois de o partido Renascença de Macron ter sido derrotado pelo Reunião Nacionall (RN), de extrema direita, o partido de Marine Le Pen, nas eleições para o Parlamento Europeu no início deste mês.
Minutos depois da derrota humilhante, Macron disse que não podia ignorar a mensagem enviada pelos eleitores e tomou a decisão “séria e pesada” de convocar
Possível governo de “coabitação”
Qualquer que seja o resultado, Macron se comprometeu a permanecer no cargo até às próximas eleições presidenciais em França, em 2027.
A Assembleia Nacional é responsável pela aprovação de leis internas – desde pensões, impostos, imigração e educação – enquanto o presidente determina a política externa, europeia e de defesa do país.
Quando o presidente e a maioria no parlamento pertencem ao mesmo partido, as coisas funcionam bem. Caso contrário, o governo poderá parar – uma perspectiva que poderá assombrar Paris enquanto se prepara para acolher os Jogos Olímpicos no próximo mês, sefundo a CNN.
Mais recentemente, a França teve um governo deste tipo – conhecido como “coabitação” – quando o presidente de direita, Jaques Chirac, convocou eleições antecipadas e foi forçado a nomear um socialista, Lionel Jospin, como primeiro-ministro, que permaneceu no cargo durante cinco anos.