Simples fato de que a Rússia esteja apoiando a Coreia do Norte em meio à guerra na Ucrânia, dá a este país um novo status e uma importância na geopolítica mundial.
A assinatura de um acordo estratégico entre a Rússia e a Coreia do Norte, com um importante e novo componente militar, disparou os alarmes no Ocidente e o Extremo Oriente, enquanto se expande a dimensão internacional da guerra da Ucrânia e se reforça a presença russa na região Ásia Pacífico.
Em sua primeira visita à Coreia do Norte em 24 anos , o presidente russo Vladimir Putin, selou o acordo com o líder norte-coreano, Kim Jong-un que prevê, entre outras coisas, assistência mútua em caso de agressão contra uma das partes deste acordo. Putin acabava de assumir seu cargo como presidente quando foi pela primeira vez à Coreia do Norte, em julho do ano 2000, quando governava Kim Jong-il, pai do atual mandatário norte-coreano, que faleceu em 2011.
Desde então as relações entre os dois países estiveram tranquilas e não preocuparam nem os chineses, que conservavam o monopólio dos laços de segurança e alimentação com o regime norte-coreano, nem os estadunidenses, que com o ex-presidente Donald Trump chegaram a realizar algumas cúpulas entre os dois líderes. Ainda que preocupassem a Coreia do Sul e o Japão, para os quais esta aproximação se concretizou graças à guerra na Ucrânia e os alinhamentos subsequentes.
*Diálogos do Sul