Pelo menos 50 grandes cidades do planeta enfrentariam perdas parciais ou quase totais da área existente; aumento médio global deve ser de 8,9 metros
Um estudo apresentou projeções científicas do nível do mar e mostrou que sob o cenário de altas emissões poluentes que levam a um aquecimento de 4°C, em um período de 200 a 2000 anos, o aumento médio global das águas deve ser de 8,9 metros.
O levantamento do Climate Central apontou que nesse cenário pelo menos 50 grandes cidades no mundo enfrentariam perdas parciais ou quase totais da área existente. No Brasil, cerca de 13 locais ficariam inundados.
A imagens mostram a comparação dos cenários prováveis em caso de redução drástica da poluição por carbono em 1,5°C de aquecimento global contrastada com o caso da manutenção da trajetória atual de carbono com 3ºC de aquecimento global.
“Se reduzirmos a poluição pela metade até 2030, o aquecimento deve parar em torno de 1,5°C”, afirmou a Climate Central em vídeo publicado pela instituição. A organização disse ainda que as escolhas climáticas e energéticas desta década influenciarão o aumento do nível do mar durante centenas de anos.
A Climate Central responsabilizou as políticas e ações governamentais para redução de emissões por não refletirem esta ameaça a longo prazo, uma vez que coletivamente apontam para uma inundação permanente generalizada de muitas áreas desenvolvidas.
Com base nas projeções do nível do mar, pelo menos uma grande nação em todos os continentes, exceto a Austrália e a Antártica, enfrentaria uma exposição excepcionalmente elevada.
A organização afirmou que muitas pequenas nações insulares estão ameaçadas de perda quase total. A linha da maré alta poderá ultrapassar terras ocupadas por até 15% da atual população global (cerca de mil milhões de pessoas).