O primeiro-ministro de Israel dissolveu nesta segunda (17) o Gabinete de Guerra criado para dar estabilidade política nas decisões militares contra a Faixa de Gaza.
A dissolução do órgão ocorre após a renúncia do ex-general Benny Gantz e a pressão da ala de extrema-direita da coalizão que sustenta Netanyahu no poder.
Inicialmente, o gabinete era composto por Netanyahu, pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant, do mesmo partido do primeiro-ministro, o Likud, e por Gantz, ex-comandante das Forças Armadas de Israel e principal opositor da coalizão de extrema-direita que governa o Estado judeu.
Além dos três membros principais, foram nomeados outros três observadores do colegiado sem direito a voto. Dos três, o general reformado Gadi Eisenknot renunciou ao mesmo tempo que Gantz.
A formação do gabinete de guerra com Gantz e Eisenknot foi um tentativa de demonstrar unidade no país após os ataques do Hamas no dia 7 de outubro, já que o ex-general e Netanyahu disputaram a última eleição em lados opostos.
Espera-se agora que Netanyahu mantenha consultas sobre a guerra de Gaza com um pequeno grupo de ministros, incluindo Gallant e o ministro dos Assuntos Estratégicos, Ron Dermer. Ambos integravam o gabinete de guerra.
Netanyahu vinha enfrentando grande pressão dos partidos de extrema-direita e ultra-ortodoxos da sua coligação. Ministros como Bezalel Smotrich, das Finanças, e Itamar Ben-Gvir, da Segurança Nacional, exigiam os assentos vagos no Gabinete de Guerra.
Se Netanyahu aceitasse, a medida teria intensificado as tensões com parceiros internacionais, incluindo os Estados Unidos.