Presidente propõe em reunião do G7 governança intergovernamental da IA, para que seja segura, transparente, promova os direitos humanos e a integridade da informação O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a inclusão social e uma governança da inteligência artificial em que todos os estados tenham assento, ao discursar, nesta sexta-feira (14/6), em Puglia, […]
Presidente propõe em reunião do G7 governança intergovernamental da IA, para que seja segura, transparente, promova os direitos humanos e a integridade da informação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a inclusão social e uma governança da inteligência artificial em que todos os estados tenham assento, ao discursar, nesta sexta-feira (14/6), em Puglia, na Itália, na sessão de trabalho do G7. O encontro reuniu líderes de algumas das maiores economias mundiais e também contou com a participação do papa Francisco. O Brasil participa da reunião como convidado.
Lula lembrou que última participou da reunião do G7 (Itália, EUA, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha e Japão) a convite foi em 2009. “Na última reunião similar de que participei na Itália, na Cúpula de L´Áquila em 2009, enfrentávamos uma crise financeira global que expôs os equívocos do neoliberalismo. Hoje o Brasil preside o @g20org num contexto de múltiplos e novos desafios”, observou o presidente.
Ao tratar da influência da inteligência artificial na produção do conhecimento, o chefe de Estado brasileiro alertou que o “dilema existencial” deve ter no horizonte o respeito à dignidade humana.
“Conduzir uma revolução digital inclusiva e enfrentar a mudança do clima são dilemas existenciais do nosso tempo. Precisamos lidar com essa dupla transição tendo como foco a dignidade humana, a saúde do planeta e um senso de responsabilidade com as futuras gerações.”
Segundo Lula, na área digital, a concentração está nas mãos de um pequeno número de pessoas e de empresas, sediadas em um número ainda menor de países. O presidente ainda defendeu que haja uma governança internacional e intergovernamental da inteligência artificial.
“Interessa-nos uma Inteligência Artificial segura, transparente e emancipadora. Que respeite os direitos humanos, proteja dados pessoais e promova a integridade da informação. Que potencialize as capacidades dos Estados de adotarem políticas públicas para o meio ambiente e que contribua para a transição energética. Uma Inteligência Artificial que também tenha a cara do Sul Global, que fortaleça a diversidade cultural e linguística e que desenvolva a economia digital de nossos países”, afirmou.