Com o tema “Bolando o Futuro Sem Guerra”, Marcha da Maconha em São Paulo volta à Avenida Paulista dessa vez em meio ao avanço de PEC, na Câmara, que pode criminalizar o porte ou a posse de qualquer quantidade de drogas.
Com o tema “Bolando o Futuro Sem Guerra”, a Marcha da Maconha em São Paulo volta à Avenida Paulista, no centro da capital, neste domingo (16), para reafirmar seu posicionamento em defesa da legalização da planta e pelo fim da guerra às drogas. A concentração está prevista para às 14h20 no Vão Livre do Masp. Do local, a Marcha partirá, às 16h20, em direção à Praça da República, também na região central, onde a manifestação terminará.
Essa é a primeira vez, em 16 edições, que o ato ocorrerá em um domingo. E a expectativa da organização é que haja um aumento no número de manifestantes. Dezenas de milhares de pessoas, de todas as regiões da cidade, são esperadas. Uma campanha nas redes do movimento também alerta sobre a tarifa zero aos domingos, implementada no final do ano passado nos ônibus municipais, e a Paulista aberta aos pedestres.
16 anos da Marcha da Maconha
Após a comemoração de 15 anos do movimento, no ano passado, com o tema “Antiproibicionismo por uma questão de classe – reparação por necessidade”, a Marcha ocorre agora sob o mote “Bolando o Futuro Sem Guerra” e em um outro momento político. Apesar da repressão histórica, neste ano o protesto acontece em uma conjuntura mais grave. Isso porque avança na Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2023, que inclui na Constituição a criminalização do porte ou posse de qualquer quantidade de drogas.
Nesta semana, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou a PEC. Agora, uma comissão especial da Casa vai analisar a medida. Se aprovada, ela segue para análise do plenário. “A gente espera que a PEC mobilize mais pessoas a estarem no ato. Inclusive pessoas que não são usuárias e que acreditam que a guerra às drogas é um malefício maior que o uso de qualquer droga. A gente está na luta, faz parte de uma grande mobilização nacional com relação à PEC. E no domingo é mais um dia para a gente demonstrar nossa insatisfação com esse Congresso”, destacou um dos organizadores da Marcha.
*RBA