“O Haddad jamais ficará enfraquecido enquanto eu for presidente da República. Porque ele é o meu ministro da Fazenda, escolhido por mim e mantido por mim”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva numa entrevista na região de Puglia, no sul da Itália.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não está enfraquecido, apesar da devolução pelo Congresso de parte da Medida Provisória que criava restrições para o uso de créditos do PIS e do Cofins e da resistência de vários setores aos seus esforços de manter a disciplina fiscal do governo.
Apresentada na semana passada pelo Ministério da Fazenda, a Medida Provisória do PIS/Cofins visa compensar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e de municípios. A medida propõe que créditos tributários e de contribuição da seguridade social sejam utilizados para tanto, reduzindo seu uso, por parte de setores econômicos, para pagamentos que não o do PIS e do Cofins.
A devolução de parte da MP pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, foi vista como um revés para Haddad em sua busca pela estabilidade fiscal. A medida também gerou críticas de setores econômicos, que acusaram o governo de aumentar a insegurança jurídica, não reduzir despesas e falhar no diálogo.
Lula, que foi à Europa para participar de conversas após a cúpula do G7, respondia a uma pergunta sobre a percepção de que o ministro da Fazenda estava ficando isolado na briga por manter a meta de déficit fiscal zero e sobre a possibilidade de o governo fazer cortes em suas despesas para atingir esse objetivo. O presidente afirmou que “tudo aquilo que a gente detectar que é gasto desnecessário, você não tem que fazer. Você não tem que fazer”, garantiu.