Porto Alegre, Belo Horizonte, Belém, São Luiz e outras cidades tiveram manifestações contra o PL 1904.
Pelo segundo dia consecutivo, foram registrados nesta sexta-feira (14) atos de protesto em várias cidades brasileiras contra o chamado PL do Estupro, que equipara à punição para homicídio a pena da mulher que interromper a gravidez depois de 22 semanas de gestação, mesmo em casos em que ela foi violentada.
Já na quinta-feira (13) muitas manifestações aconteceram em várias regiões do país, os maiores em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Ontem, grande mobilização agitou Porto Alegre, Belo Horizonte, Belém, São Luiz e outras cidades.
Veja imagens de alguns desses atos:
Porto Alegre:
https://twitter.com/i/status/1801731858058629331
Ato ENORME em Porto Alegre, contra o PL DO ESTUPRADOR. Vamos tomar as ruas do Brasil e lutar para derrotar esse projeto perverso! Pela vida das meninas e mulheres! #CriançaNãoÉMãe #NaoaPLdosESTUPRADORES #PL1904NAO
LIRA ODEIA MULHERES
FORA LIRA pic.twitter.com/dzEGcWr2J4— Kate Brasil (@KateBrasil_) June 14, 2024
Praça 7 centro de BH, ato contra o PL dos Estupradores.
Obrigada, @ArthurLira_ , você conseguiu fazer os progressistas voltarem às ruas com essa ignomínia do PL dos Estupradores. Vamos aproveitar para denunciar que vc é inimigo do Brasil. pic.twitter.com/HNEtlOJ7qQ— Graça Campos (@Mariada00801445) June 15, 2024
Veja a programação de atos pelo Brasil:
Hoje
São Paulo – MASP (Avenida Paulista) – 15h (Concentração às 14h30)
Rio de Janeiro – Cinelândia – 16h
Rio Grande do Norte – Em frente ao Shopping Midway – 14h
Sergipe – Praça General Valadão – 8h
Ceará – Praça do Ferreira – 8h
Mato Grosso do Sul – Avenida Afonso Pena – 9h
Paraíba – Praça do Sabadinho Bom – 11h
Rondônia – Espaço Alternativo – 17h
Domingo
Amapá – Rampa do Açaí – 17h
Tocantins – Espaço Cultural Palmas – 15h30
Espírito Santo – Em frente à Assembleia Legislativa – 13h
Segunda
Pernambuco – Praça do Derby – 16h
O que propõe o PL?
Chamado de PL do Estupro ou PL do Estuprador, o texto propõe alterações no Código Penal, equiparando a punição ao aborto após 22 semanas de gestação às penas previstas para homicídio simples. Além disso, estipula que o aborto não será permitido em casos de viabilidade fetal, mesmo quando resultantes de estupro.
Ou seja: mulheres que forem vítimas de estupro e interrompam a gravidez nesse período poderão ser presas, recebendo pena de até 20 anos de detenção. Punição menor que a do estuprador, cuja pena máxima é de 10 anos.
Atualmente, no Brasil, o aborto é permitido em três situações: gravidez decorrente de estupro, risco à vida da mulher e anencefalia fetal.