Aliados do ex-presidente consideram que a restrição dificulta negociações estratégicas visando as eleições municipais
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou ao presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, um pedido para que fosse retirada uma das medidas cautelares que lhe proíbem de se reunir com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os aliados de Bolsonaro consideram que a restrição pode impactar negativamente as eleições municipais deste ano, dificultando negociações estratégicas.
Moraes justificou a manutenção das cautelares afirmando que “se mostravam, e ainda se revelam, necessárias e adequadas, pois a investigação ainda está em andamento, com análise de todo material apreendido e oitiva de novas testemunhas sobre os fatos”. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também apoiou a continuidade das medidas.
“O quadro fático considerado para a decretação de cautelares permanece inalterado no atual momento processual”, declarou o procurador-geral Paulo Gonet, acrescentando que “fatores externos, como a chegada do ano eleitoral, não têm o condão de influir na análise de necessidade e adequação das medidas cautelares”.