Coletivos feministas, movimentos sociais e a Frente Estadual para Legalização do Aborto convocaram o ato
Manifestantes se reuniram na tarde deste sábado (15) na avenida Paulista, em São Paulo, para protestar contra o PL do Estupro, que pode equiparar a punição para o aborto à reclusão prevista em caso de homicídio simples. Os participantes do ato apelidaram o texto de “PL da gravidez infantil” e fizeram críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Coletivos feministas, movimentos sociais e a Frente Estadual para Legalização do Aborto convocaram o ato, que começou às 15h. O protesto ocupou inicialmente uma das pistas da Paulista em frente ao Masp e, depois, iniciou uma caminhada até a praça Franklin Roosevelt, na Consolação.
“Queremos o arquivamento desse projeto nefasto”, disse Maria das Neves, integrante da União Brasileira de Mulheres.
“É um retrocesso civilizatório, usam nossos corpos como moeda de troca e avançam com a política do estupro”, continuou Neves. “Mas as mulheres brasileiras vão colocar para correr esse PL.”
O alvo dos gritos de guerra dos manifestantes era Lira, que aprovou a urgência do projeto na última quarta-feira (13), em votação-relâmpago.
“Fora, Lira”, gritavam em coro, além de “criança não é mãe e estuprador não é pai”.
Uma dessas vozes era de Juliana Bruce, 40, grávida de 18 semanas. “Esse é um movimento importante para defender crianças, mas também mulheres adultas. Queremos ter nossos direitos mantidos, não dá para retroceder. É uma aberração”, disse ela sobre o PL.
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