Carta de mulheres brasileiras pelo fim do genocídio em Gaza ganha repercussão internacional

Carta de mulheres brasileiras pelo fim do genocídio em Gaza ganha repercussão internacional

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Declaração reivindica paz no Oriente Médio, já foi republicada em diferentes idiomas e será apresentada na Conferência Regional das Américas, na Bolívia.

Organizações e portais internacionais como a International Women’s Alliance (IWA – Aliança Internacional de Mulheres, em tradução literal) têm demonstrado apoio e republicado a carta “Apelo de Mulheres Brasileiras em Missão de Paz no Oriente Médio”, liderada pela professora economista Amyra El Khalili, editora do Movimento Mulheres pela Paz na Palestina.

O texto, também compartilhado pela Diálogos do Sul Global, foi proferido por Amyra El Khalili em 13 de maio, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), no âmbito dos atos em memória dos 76 anos da Nakba e em protesto ao genocídio palestino em curso.

A IWA é uma aliança global anti-imperialista, composta por organizações de base de mulheres, instituições, alianças, redes e indivíduos, e é comprometida com a promoção da libertação nacional e social, além da igualdade de gênero.

“É com alegria e orgulho que anunciamos o apoio e subscrição da carta-relatório pela International Women’s Alliance (IWA), cujo secretariado está sediado nos EUA”, afirmou a entidade. A carta, agora traduzida para o inglês e o árabe, está hospedada no portal da IWA, que é presidida pela Dra. Azra Talat Sayeed, uma reconhecida líder ecofeminista.

Sayeed é ativa na defesa da Palestina em eventos internacionais de grande relevância. Ela esteve presente na COP28, nos Emirados Árabes, e atuou como observadora internacional independente em atividades de “escuta ativa”. É importante salientar também que a Dra. Azra Talat Sayeed é uma renomada cientista bióloga no Paquistão e participou como “escutadora/ouvinte” na atividade de “escuta ativa”, atuando como observadora internacional independente, desde Ásia e países islâmicos, juntamente com a Drª Claude Fahd Hajjar, conselheira da Fearab América, desde o Sul Global e países da CPLP (Comunidade dos países de língua portuguesa), isso confere à Dra. Sayeed e a Dra. Claude Hajjar a credencial de que esta carta/relatório da “escuta ativa”, que agora se torna, neste momento emergencial, um documento jurídico, segundo o Diálogos do Sul.

Amyra El Khalili, por sua vez, é beduína palestino-brasileira, da linhagem de Saladino e do Sheik Mohamed El Khalili, e editora das redes Movimento Mulheres pela Paz na Palestina e Aliança RECOs – Aliança de Redes de Cooperação Comunitária desde o Sul Global. Em suas palavras, a carta é um documento jurídico emergencial, “fiel e em conformidade com as demandas das mulheres palestinas lá [na Palestina Ocupada], assim como das mulheres palestinas na diáspora aqui [no Brasil]”.

A carta “Apelo de Mulheres Brasileiras em Missão de Paz no Oriente Médio” também será defendida na Conferência Regional das Américas, que ocorre de 11 a 16 de junho, na Bolívia. A delegação formada pelas entidades brasileiras dirigentes da Federação Internacional Democrática de Mulheres (FDIM), representadas por Sonia Zerino, Liege Rocha e Lidia Rodrigues, e a coordenadora do escritório regional da FDIM, a cubana Alicia Perez, apresentarão e entregarão a mensagem às autoridades e lideranças presentes.

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