O presidente frisou a importância de integrar os debates econômicos às questões sociais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou nesta quarta-feira (12) na abertura do FII Priority Summit, um fórum internacional de investimentos organizado pelo Future Investment Initiative Institute, no Rio de Janeiro. O evento visa atrair a atenção global para discussões focadas em sustentabilidade e inclusão social.
Durante seu discurso, Lula criticou os agentes do mercado financeiro, destacando a importância de integrar os debates econômicos às questões sociais. “Eu não consigo falar de economia sem colocar a questão social na ordem do dia. Em todos os debates que tratam de economia, falamos de várias coisas, mas parece que os problemas sociais não existem. E eles existem, estão nas nossas portas, nas ruas. É por isso que, neste mundo extraordinário e digitalizado, 735 milhões de pessoas ainda vão dormir todas as noites sem ter o que comer, enquanto temos conhecimento genético para produzir alimento de sobra para todos. Alguma coisa está faltando”, afirmou o presidente.
Lula também criticou os gastos globais com conflitos bélicos, apontando que esses recursos poderiam ser utilizados para promover a paz, investimentos, e a redução da miséria, desigualdade e pobreza. “Nos últimos anos, foram gastos quase US$ 3 trilhões em guerra, quando esse dinheiro poderia ser gasto em paz, investimento, em reduzir a miséria, a desigualdade e a pobreza no mundo. Eu tenho um compromisso de fé, não de mandato. Só faz sentido um governante governar se ele tiver o compromisso de cuidar do seu povo, de dar oportunidades a todos, de permitir que todos, sem distinção, tenham a chance de se desenvolver, viver uma vida digna e ser respeitados”, acrescentou Lula.
O FII Priority Summit reúne líderes globais, investidores e especialistas para discutir estratégias que promovam um desenvolvimento econômico sustentável e inclusivo. Lula, em seu discurso, reforçou a necessidade de uma abordagem econômica que não ignore as questões sociais, sublinhando a urgência de ações concretas para enfrentar a pobreza e a fome em escala global.