Em meio a lançamento de PAC, presidente afirmou que “não há razão” para greve ainda estar ocorrendo; governo anuncia R$ 5,5 milhões para obras nas universidades.
Em meio a lançamento de PAC, presidente afirmou que “não há razão” para greve ainda estar ocorrendo; governo anuncia R$ 5,5 milhões para obras nas universidades
A fala foi durante encontro com reitores, no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (10). Ao lado do ministro da Educação, Camilo Santana, o presidente anunciou R$ 5,5 bilhões em investimentos para universidades no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O montante vai contemplar a instalação de novos campi, a retomada de obras e a consolidação dos projetos de estruturação da rede federal. Do total, R$ 1,75 bilhão será destinado aos hospitais universitários. Com o anúncio, a expectativa do governo é pelo fim da paralisação.
Dirigentes sindicais precisam ter coragem para encerrar greve, diz Lula
Segundo Lula, as greves “têm um tempo para começar e um tempo para terminar”. “O dirigente sindical tem que ter coragem de propor, tem que ter coragem de negociar, mas ele tem que ter coragem de tomar decisões que, muitas vezes, não é o ‘ou tudo ou nada’”, disse o presidente.
“Eu sou um dirigente sindical que nasceu no ‘tudo ou nada’. Para mim era o seguinte: é 100% ou é nada, é 100% ou é nada. Ou é 83% ou é nada, ou é 45% ou é nada. E muitas vezes eu fiquei com nada”, continuou.
“Nesse caso da educação, se vocês analisarem o conjunto da obra, vocês vão perceber que não há muita razão para essa greve estar durando o que está durando, porque quem está perdendo não é o Lula, o reitor. Quem está perdendo é o Brasil e os estudantes brasileiros. É isso que precisa ser levado em conta.”, diz a CNN.
Segundo Lula, “não é por 2% ou 4% que a gente fica a vida inteira em greve”. “Vamos ver os outros benefícios. Vocês já têm noção do que foi oferecido? Vocês conhecem o que foi oferecido? Porque no Brasil está cheio de dirigente sindical que é corajoso para decretar uma greve, mas não tem coragem de acabar com a greve”, disse o petista.
Lula concluiu que os recursos oferecidos pelo Ministério da Gestão e Inovação, comandado por Esther Dweck, “são não recusáveis”. “Porque senão nós vamos falar em universidades, institutos federais, e os alunos estão à espera para voltar às salas de aula”, acrescentou.