China é o primeiro país a coletar amostras do lado oculto da Lua

China é o primeiro país a coletar amostras do lado oculto da Lua

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Na disputa pela exploração da Lua, a China avançou mais uma etapa no último domingo (2). A Administração Espacial Nacional da China (CNSA, em inglês) pousou a sonda Chang’e-6 no lado oculto da Lua para coletar amostras de solo e rochas e trazê-los para a Terra.

Esta será a primeira coleta da história da humanidade feita neste hemisfério lunar conhecido por ficar oculto. A sonda não tripulada tem o apoio do satélite de retransmissão Queqiao-2. O pouso ocorreu às 6h23 (horário de Beijing) na Bacia do Polo Sul-Aitken (SPA). De acordo com a CNSA, o lançamento foi feito em 3 de maio e a amostragem deve ser realizada em até 14 horas após o pouso, realizada por braço robótico para amostras superficiais e uma broca para amostras subsuperficiais.

O número de instruções enviados para a sonda deve ser de 400, pois o processo de amostragem inteligente utiliza sensores que captam dados em tempo real para avaliar de forma autônoma a realização das instruções, sem a necessidade de comando terrestre para cada situação.

A missão chinesa é envolta em grande dificuldade, uma vez que o solo lunar neste lado é marcado pro crateras e falta de iluminação, além da dificuldade em comunicação com os satélites.

Além da China com seus pousos no lado escuro, já enviaram módulos para a Lua a Rússia, Japão e Índia. Os Estados Unidos continuam como o único país a enviar humanos para pisar no solo lunar.

Pioneirismo chinês

O programa Chang’e tem evoluído de forma consistente. Desde 2004, realizou uma série de feitos, desde entrar na órbita lunar (Chang’e 1), pouso e rover (Chang’e 3), até chegar ao lado escuro com a Chang’e 4, em 2019.

Em 2020, a Chang’e 5 coletou 1.731 gramas de amostras lunares do lado visível. Nesta missão foi descoberto um novo mineral chamado de Changesite-(Y). É considerado o sexto novo mineral descoberto na Lua. Antes os EUA e a Rússia haviam descoberto outros cinco.

Agora a Chang’e 6 deve trazer cerca de 2 kgs de materiais dessa parte da Lua ainda mais desconhecida com a expectativa de novas descobertas. Os chineses ainda investigam pistas sobre a formação do sistema solar e as diferenças entre os dois lados da Lua.

Para isso, um foguete de propulsão que está acima da sonda carregará o material para o espaço para se acoplar a outra espaçonave que voltará à Terra. A previsão é de que pouse próximo à Mongólia, em 25 de junho.

Xinhua

*Com informações Xinhua

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