O isolamento de Israel se aprofunda no cenário mundial

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E segue o holocausto dos palestinos na Faixa de Gaza

Espera-se que o Tribunal Internacional de Justiça emita hoje (24/5) uma decisão para ordenar a Israel que cesse as operações militares na Faixa de Gaza, incluindo a ofensiva terrestre e os pesados bombardeios à cidade de Rafah, no extremo sul do enclave. O caso foi apresentado ao tribunal pelo governo da África do Sul.

Em outra frente, o promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, pediu mandados de prisão para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, e mais três altos líderes do grupo Hamas, dado aos seus papéis na guerra que começou em 7 de outubro último.

As provas que incriminam Netanyahu e Gallant, segundo Khan, envolvem o alegado uso da fome como arma de guerra por Israel, a obstrução à entrega de ajuda humanitária aos palestinos que ainda restam em Gaza, e à conduta de Israel durante a guerra que inflige danos generalizados e indiscriminados a civis.

Não obstante quaisquer objetivos militares que possam ter, os meios que Israel escolheu para alcançá-los em Gaza – nomeadamente, causar intencionalmente morte, fome, grande sofrimento e ferimentos graves ao corpo ou à saúde da população civil – são criminosos”, afirmou o promotor.

Se a câmara de pré-julgamento do TPI emitir mandados de detenção para Netanyahu e Gallant, os 124 estados membros do tribunal teriam a obrigação de detê-los se eles entrarem no seu território. Os Estados Unidos e Israel não são signatários do documento de fundação do tribunal, mas outras potências ocidentais são.

Quando perguntado se o seu governo cumpriria um mandado de prisão contra funcionários do governo de Israel, um porta-voz do chanceler alemão, Olaf Scholz, respondeu de pronto: “Sim, cumpriremos a lei”. O governo dos Estados Unidos pressiona o tribunal para que os mandados não sejam expedidos.

Há muitos anos que os Estados Unidos se opõem a qualquer reconhecimento formal de um Estado palestino sob a desculpa de que isso só deveria acontecer depois que Israel e os palestinos cheguem a um acordo. Israel é dono do mais poderoso exército do Oriente Médio. Os palestinos não têm exército, apenas grupos de combatentes.

Desde que foi criado em 1948 e instalado onde fica, Israel só faz crescer de tamanho, incorporando mais terras palestinas e de outros países árabes. O governo americano reconheceu nesta semana que Israel está cada vez mais em desacordo com a maior parte da comunidade internacional:

“Como um país que se mantém na defesa de Israel em fóruns internacionais, certamente temos visto um crescente coro de vozes, incluindo vozes que anteriormente apoiaram Israel, deslocarem-se noutra direção”, disse Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca. E acrescentou:

“É motivo de preocupação para nós porque não acreditamos que isso contribua para a segurança ou vitalidade de Israel a longo prazo.”

Avi Hyman, em nome do governo de Israel, respondeu ao comentário de Sullivan:

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