Frio no RS: abrigos mudam rotina para proteger vítimas, mas ainda faltam cobertores

Frio no RS: abrigos mudam rotina para proteger vítimas, mas ainda faltam cobertores

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Inmet prevê situação alarmante na Serra Gaúcha, com risco de chuva forte durante o final de semana.

As vítimas das chuvas que castigaram o Rio Grande do Sul enfrentam agora uma onda de frio e dependem da infraestrutura oferecida em centros de acolhimento e abrigos para conseguirem suportar as baixas temperaturas. Em Porto Alegre, a triagem dos abrigos passou a distribuir, além de água e comida, bebidas quentes, como café e chás, mantas e cobertores para os desalojados. Pessoas que apresentam quadros alérgicos e doenças respiratórias, agravados pelo frio, são encaminhadas para tratamento em unidades médicas mantidas pela Secretaria municipal de Saúde.

Segundo um levantamento feito na sexta-feira pelo Observatório do Desenvolvimento Social, cerca de 50,2% dos abrigos mapeados no estado ainda necessitam de cobertores. No total, foram contabilizados 621 centros de acolhimento que funcionam como refúgio para as 49.716 pessoas em 76 municípios atingidos pelas chuvas.

Na quarta-feira passada, o estado registrou a madrugada mais gelada do ano, de acordo com relatório publicado pelo instituto MetSul Meteorologia. Em Porto Alegre, a mínima de 4,4°C foi registrada no bairro Lami, na Zona Sul da capital, região castigada pela enchente. Em municípios da Região Metropolitana, como Viamão e Novo Hamburgo, as temperaturas mais baixas variaram entre 5,3°C e 5,7°C, diz O Globo.

A previsão para os próximos dias, de acordo com os dados do portal de meteorologia MetSul, inclui chuva fraca e temperaturas mínimas que devem variar entre 8°C e 12°C, e máximas entre 14°C e 17°ºC. A situação muda no Norte do estado, que passa a ser considerada alarmante na Serra Gaúcha. Segundo um alerta publicado pelo Inmet, há risco de chuva forte nessa região durante o final de semana. Para enfrentarem as baixas temperaturas, os abrigos e centros de apoio tiveram de mudar a rotina.

— Nós recebemos muitas pessoas que saíram diretamente de áreas inundadas por rios. Então, inicialmente, era importante que elas fossem alimentadas com caldos quentes, trocassem de roupa e tentassem se aquecer com cobertores e mantas térmicas — conta Arthur dos Reis, voluntário em um dos centros de triagem criados pela prefeitura de Porto Alegre.

— Infelizmente, a gente não conseguiu ainda oferecer banho para as pessoas que chegam aqui, por conta das condições que a gente se encontra, mas a gente fez o máximo para que essas pessoas pudessem se recompor — relata o voluntário.

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