Prefeitura continua negligente e não adota soluções que poderiam acelerar fim da inundação de Porto Alegre

Prefeitura continua negligente e não adota soluções que poderiam acelerar fim da inundação de Porto Alegre

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“Especialistas denunciam a negligência da Prefeitura, que não adota soluções viáveis e de baixo custo que poderiam começar a esvaziar a inundação”, relata Miola

Especialistas convergem no diagnóstico de que falhas da Prefeitura na manutenção do sistema de proteção contra enchentes em Porto Alegre causaram a inundação da cidade, que poderia ter sido evitada.

E agora, em pleno desenvolvimento do evento climático, com as águas empoçadas e descendo lentamente, especialistas denunciam a incompetência e negligência da Prefeitura, que não adota soluções viáveis e de baixo custo que poderiam começar a esvaziar imediatamente a inundação de Porto Alegre.

Em documento de 13 de maio entregue ao prefeito Sebastião Melo, engenheiros, hidrólogos, urbanistas, geólogos, arquitetos, pesquisadores, cientistas e ex-dirigentes dos departamentos municipais de Esgotos e Pluviais [DEP] e de Águas e Esgotos [DMAE] apontam um conjunto de medidas emergenciais que a Prefeitura deveria adotar para escoar a água que invadiu a cidade.

Num documento sintético e objetivo, os técnicos propõem soluções imediatas para fechar os “vazamentos nas comportas para evitar a entrada (e retorno) das águas do Guaíba, recompor os Condutos Forçados e bombear as águas da inundação de Porto Alegre para o Guaíba através das Casas de Bombas ou alternativamente”.

As medidas seriam:

  1. através de mergulhadores vedar as comportas do Muro e Av. Castelo Branco, com sacos permeáveis à entrada de água preenchidos com areia misturada com cimento, borrachas e parafusos. Sugerimos prioridade para a comporta 14 que invadiu o bairro Navegantes;
  2. também com mergulhadores vedar as comportas e colocar ensecadeiras nas Casas de Bombas com Stop Logs, solda sub-aquática e bolsas infláveis de vedação;
  3. vedar hermeticamente as tampas violadas dos Condutos Forçados Polônia e Álvaro Chaves;
  4. com as Casas de Bombas secas e protegidas por ensecadeiras, reenergizá-las, o que pode ser realizado com redes paralelas de cabos isolados pela Equatorial. Se assim não for possível, utilizar diretamente nas Casas de Bombas geradores movidos a combustível;
  5. caso não seja possível operar imediatamente as Casas de Bombas, utilizar bombas volantes de grande vazão para drenar o Centro Histórico e os bairros da região norte da Cidade. No caso do bairro Sarandi, onde as águas superaram a cota de 6,0m e a Casa de Bombas nº 10 está completamente inundada, é certo que serão necessárias bombas volantes”.

O Diretor-Presidente do DMAE e seu adjunto foram procurados para explicar a posição do órgão e da Prefeitura a respeito das medidas urgentes defendidas pelos especialistas, mas não se manifestaram.

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