Departamento de Estado dos EUA retirou Cuba de uma pequena lista de países que Washington alega “não cooperarem totalmente” no combate ao terrorismo
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil elogiou, nesta quinta-feira (16), a recente decisão do governo dos Estados Unidos de remover Cuba da lista unilateral de países que não cooperam plenamente no combate ao terrorismo. A pasta também cobrou que Washington retire Havana da lista unilateral de Estados patrocinadores do terrorismo.
“O Brasil estima tratar-se de passo importante na direção correta e insta o governo norte-americano a excluir Cuba também de sua lista unilateral de Estados patrocinadores do terrorismo, da qual derivam pesadas e injustificadas sanções ao país caribenho”, afirma o Itamaraty, em nota.
“A manutenção de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo é objeto de repúdio unânime dos países da América Latina e do Caribe, conforme consta de Declaração Especial aprovada por ocasião da última Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) (Kingstown, 1o de março), e de ampla maioria da comunidade internacional”, acrescenta o documento.
Na terça-feira (15), o Departamento de Estado dos EUA retirou Cuba de uma pequena lista de países que Washington alega “não cooperarem totalmente” na sua luta contra o terrorismo.
O Departamento de Estado, em conformidade com as leis dos EUA sobre exportação de armas, mantém uma lista de países considerados como não cooperando plenamente na luta contra o terrorismo, que inclui agora apenas quatro países – Coreia do Norte, Irã, Síria e Venezuela.
Apesar da decisão, a Casa Branca, em meio a apelos internacionais para a retirada da nação caribenha da lista de Estados patrocinadores do terrorismo, manteve Cuba nela.
Cuba foi adicionado pela primeira vez à lista de Estados patrocinadores do terrorismo pelo Departamento de Estado em 1982, durante a presidência de Ronald Reagan. Os EUA retiraram Cuba da lista de Estados patrocinadores do terrorismo durante a administração Obama em 2015, como parte dos esforços para normalizar as relações com Havana. No entanto, a nação insular foi readicionada à lista durante a administração Trump, quando os EUA acusaram Cuba de abrigar fugitivos americanos e rebeldes colombianos.
*Sputnik