A brutal repressão contra os estudantes das universidades de Columbia e da Califórnia mostra que o absolutismo da liberdade de expressão não é universal.
Como um grande eco de 1968, milhares de universitários deram início no final de abril de 2024 a acampamentos, manifestações e ocupações em vários campi de universidades ao redor dos Estados Unidos.
Um cartaz da ocupação da Universidade de Columbia resume o sentimento e a reivindicação comum que une o movimento que se espalhou pelas instituições de ensino superior de todos os Estados Unidos: “Desinvestir todas as finanças, incluindo a doação, de corporações que lucram com o apartheid, o genocídio e a ocupação israelense na Palestina”.
No momento em que este texto é redigido, mais de 80 campi nos EUA são palco de manifestações, acampamentos e uma série de atividades que pedem o fim da ocupação em Gaza e que as instituições acadêmicas cortem os laços com Israel e com as empresas que lucram com o conflito que tem massacrado o povo palestino, diz Forum.
O massacre de Columbia
Epicentro do movimento que se espalharia pelos Estados Unidos, os estudantes de Columbia organizaram um imenso acampamento dentro do campus da Universidade, que é uma das principais do país, localizada em Manhattan e membra da Ivy League, composta por oito instituições de ensino classificadas como de elite.