O Banco Central reportou nesta quinta-feira que os investimentos diretos no país (IDP) atingiram US$ 9,6 bilhões em março de 2024, marcando o maior volume para o mês desde 2012, quando foram registrados US$ 14,9 bilhões.
Esse desempenho supera os US$ 7,3 bilhões observados em março do ano anterior e representa o maior ingresso desde agosto de 2022.
De acordo com o relatório de estatísticas do setor externo do Banco Central, os ingressos de março foram impulsionados por US$ 4,1 bilhões em participação no capital e US$ 5,5 bilhões em operações intercompanhia. O IDP acumulado nos últimos doze meses alcançou US$ 66,5 bilhões, equivalente a 2,98% do PIB.
O documento também destaca que houve saídas líquidas de US$ 72 milhões na bolsa de valores brasileira em março. A soma de saídas líquidas de US$ 3,3 bilhões em ações e fundos de investimento foi quase totalmente compensada por ingressos de US$ 3,2 bilhões em títulos de dívida no mesmo período.
As reservas internacionais do Brasil aumentaram para US$ 355 bilhões em março, beneficiadas principalmente por ganhos de US$ 973 milhões devido a variações de preços e US$ 450 milhões devido a variações de paridades, com as receitas de juros somando US$ 654 milhões, diz o Cafezinho.
Em contraste, o país registrou um déficit em conta corrente de US$ 4,6 bilhões em março, o pior resultado para o mês desde 2021, quando o déficit foi de US$ 8,5 bilhões.
O relatório indica que o saldo comercial diminuiu em US$ 4,2 bilhões em relação ao ano anterior, e houve aumentos nos déficits de serviços e renda primária, que subiram US$ 660 milhões e US$ 378 milhões, respectivamente. Nos últimos doze meses, o déficit em transações correntes somou US$ 32,6 bilhões, ou 1,46% do PIB.