Bilhete antecipa parte da defesa que Moro fará perante o plenário do CNJ; saiba o que ele escreveu na intimação
Afeito às conduções coercitivas na Operação Lava Jato, o ex-juiz Sergio Moro não digeriu muito bem a primeira intimação que recebeu do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para prestar contas de sua atuação na 13ª Vara Federal de Curitiba.
No mesmo papel onde deveria dar ciência do recebimento da intimação, Moro escreveu um bilhete com recado duro ao corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão. O hoje senador afirmou que está fora do alcance da Corregedoria, pois deixou de ser magistrado há 5 anos.
Salomão expediu a intimação em setembro de 2023, quando instaurou de ofício uma representação disciplinar contra Sergio Moro e a juíza Gabriela Hardt, por força da correição extraordinária que ocorreu na 13ª Vara Federal de Curitiba.
A correição identificou possíveis desvios e abusos cometidos no exercício dos dois magistrados. A representação é um procedimento preparatório para possível processo administrativo disciplinar, e pode abrir caminho também para ações na esfera criminal.
Para fazer a intimação chegar a Moro e Hardt, Salomão solicitou primeiro auxílio do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Não deu certo. A juíza estava de férias até meados de outubro de 2023. Moro simplesmente não foi encontrado em sua residência. Porém, dias depois, Hardt acabou intimada no trabalho. Mas para localizar Moro, foi preciso acionar o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, para cumprir a diligência em Brasília.
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