Além do terrível saldo de mortes, fome, miséria e destruição, o povo palestino ainda poderá levar cerca de 14 anos para remover os escombros e demais detritos resultantes dos ataques israelenses, iniciados em outubro do ano passado.
A informação foi dada por Pehr Lodhammar, autoridade sênior do Serviço de Ação contra Minas das Nações Unidas. Segundo ele, atualmente há cerca de 37 milhões de toneladas de material, incluindo munições não detonadas, em uma área densamente povoada.
Segundo levantamento da BBC, feito no início do ano, metade dos edifícios de Gaza foram danificados ou destruídos desde que os ataques tiveram início.
De acordo com relatório do Banco Mundial e da ONU, os custos dos danos causados à infraestrutura da região é estimado em cerca de US$ 18,5 bilhões, dos quais 72% apenas para habitações. O valor é equivalente a 97% do PIB de Gaza e da Cisjordânia junto, segundo o Vermelhos.
A ofensiva israelense já deixou mais de 34 mil palestinos mortos e 77 mil feridos. A fome é sentida por praticamente toda a população de Gaza, estimada em 2,3 milhões de pessoas.
No Norte da Faixa de Gaza, local mais crítico, o levantamento estima que 70% da população, ou 210 mil pessoas, estão em risco de “fome catastrófica”, segundo a Classificação da Fase de Segurança Alimentar Integrada (IPC).
A entidade calcula, ainda, que esse grau de fome — o pior da escala criada para aferir tal situação — poderá atingir 1,1 milhão de palestinos, quase metade da população, até julho.