Em um comunicado, o Itamaraty expressou uma forte condenação ao comportamento do governo Noboa em relação à embaixada do México. A mensagem implícita é que, caso Bolsonaro opte por buscar refúgio em alguma embaixada, não será forçado a sair de lá. Bolsonaro, que já realizou uma espécie de ensaio na embaixada da Hungria, tem a […]
Em um comunicado, o Itamaraty expressou uma forte condenação ao comportamento do governo Noboa em relação à embaixada do México.
A mensagem implícita é que, caso Bolsonaro opte por buscar refúgio em alguma embaixada, não será forçado a sair de lá. Bolsonaro, que já realizou uma espécie de ensaio na embaixada da Hungria, tem a opção de considerar outros refúgios.
Leia a nota completa:
O governo brasileiro condena, nos mais firmes termos, a ação empreendida por forças policiais equatorianas na Embaixada mexicana em Quito na noite de ontem, 5 de abril.
A ação constitui clara violação à Convenção Americana sobre Asilo Diplomático e à Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas que, em seu artigo 22, dispõe que os locais de uma Missão diplomática são invioláveis, podendo ser acessados por agentes do Estado receptor somente com o consentimento do Chefe da Missão.
A medida levada a cabo pelo governo equatoriano constitui grave precedente, cabendo ser objeto de enérgico repúdio, qualquer que seja a justificativa para sua realização.
O governo brasileiro manifesta, finalmente, sua solidariedade ao governo mexicano.
Entenda o caso
Autoridades equatorianas prenderam o ex-vice-presidente Jorge Glas na noite de sexta-feira, sequestrando-o da embaixada mexicana e levando o México a suspender as relações bilaterais.
Glas, condenado duas vezes por corrupção, estava escondido na embaixada em Quito desde que pediu asilo político em dezembro, pedido que o México atendeu na sexta-feira.
A polícia entrou à força na embaixada do México em Quito antes de fazer a prisão, postou o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, no X.
O gabinete da presidência equatoriana informou em comunicado que prendeu Glas, que foi vice-presidente do governo esquerdista de Rafael Correa entre 2013 e 2017.