Se não fosse quem é, Dirceu não seria o político de esquerda mais perseguido pela oligarquia nativa.
Nossa classe dominante, que produz um secular desajuste social por pura maldade a ganancia, não suporta Dirceu porque sabe de seu potencial.
Por isso vi, com muita alegria e até com alma lavada, seu discurso no Senado. Dirceu é, certamente, um dos maiores quadros históricos da esquerda brasileira. Um petista fiel a suas convicções. Um lutador que assina suas próprias receitas para a melhoria de vida dos brasileiros.
Por ser quem é, Zé Dirceu sempre despertou o ódio da direita. A acusação de corrupção contra ele sem qualquer prova é ridícula, mas reveladora. Essa fraude tocada a ferro e fogo sob encomenda a Joaquim Barbosa e depois Moro, é uma confissão de derrota da direita numa disputa política limpa.
Só um jogo imundo, em que a direita lançou mão de recursos pútridos, o afastaria do poder e lhe tiraria a voz politica. Mas ele está de volta, fazendo lembrar a fala do gênio Villa Lobos: “Sou como um gato, vocês me enxotam pelo terreiro e eu volto pelo telhado”.