Cerca de 9 mil pacientes precisam ser removidos com urgência de Gaza

Cerca de 9 mil pacientes precisam ser removidos com urgência de Gaza

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A Faixa de Gaza tem, hoje, cerca de 9 mil pacientes que precisam ser transferidos com urgência da região, segundo informou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, neste sábado (30).

Os recorrentes bombardeios e ações de Israel na região, inclusive em hospitais, instalou uma situação calamitosa, na qual pessoas já doentes somam-se a feridos e a outras adoecidas devido à piora na situação sanitária e à grave desnutrição resultantes dos ataques.

“Cerca de 9 mil pacientes devem ser removidos urgentemente para o estrangeiro para que possam se beneficiar de serviços de saúde vitais, particularmente para o tratamento de câncer, das lesões causadas por bombardeios, diálise renal e outras doenças crônicas”, escreveu o diretor-geral em suas redes.

Segundo a OMS, antes dos ataques, a Faixa de Gaza contava com 36 centros médicos para atender a população. Somente no Norte da região, 20 dos 22 hospitais foram total ou parcialmente destruídos até o começo deste ano. Israel tem alegado que as instituições de saúde estariam sendo usadas para esconder militantes do Hamas.

Até o momento mais de 3 mil pacientes já foram transferidos de Gaza para outros países, de acordo com Tedros. Porém, completou, “é preciso remover muito mais. Instamos Israel a que acelere a aprovação das remoções para que os pacientes críticos possam ser atendidos”.

Na quinta-feira (28), a Corte Internacional de Justiça (CIJ) determinou que Israel permita o acesso de ajuda humanitária na região, como forma de mitigar o sofrimento causado pela grave vulnerabilidade alimentar que atinge a população.

A medida da Corte faz parte do processo instaurado pela África do Sul contra Israel, tendo como base a Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.

Na decisão, a CIJ salientou que “as catastróficas condições de vida dos palestinos na Faixa de Gaza têm-se deteriorado ainda mais, em particular diante da prolongada e generalizada privação de alimentos e outras necessidades básicas”.

Desde o início dos ataques, em outubro, já houve mais de 32,5 mil de mortos e 75 mil feridos. Os números não incluem cerca de oito mil corpos que, segundo autoridades locais, podem estar sob escombros de prédios e construções destruídos durante as ações de Israel. Além disso, de acordo com observadores da ONU, ao menos 31 pessoas, das quais 27 são crianças, morreram por desnutrição ou desidratação.

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