Lira discute prisão de Chiquinho Brazão com Lewandowski e se diz preocupado com ‘prerrogativas parlamentares’

Lira discute prisão de Chiquinho Brazão com Lewandowski e se diz preocupado com ‘prerrogativas parlamentares’

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Há uma percepção na Casa de que os fundamentos para a prisão de Brazão são considerados “fracos”

Há uma percepção significativa na Casa de que os fundamentos para a prisão de Brazão nas circunstâncias em que ocorreu são considerados “fracos”.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), dirigiu-se ao gabinete do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, após a decisão da Casa de adiar a análise da prisão do deputado Chiquinho Brazão (ex-União-RJ), determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), até após o feriado de Páscoa.

Brazão foi detido preventivamente no domingo pela Polícia Federal, sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018.

Fontes próximas à conversa relataram à CNN que o encontro foi cordial, mas Lira expressou a preocupação da Câmara com o respeito às “prerrogativas parlamentares”. Há uma percepção significativa na Casa de que os fundamentos para a prisão de Brazão nas circunstâncias em que ocorreu são considerados “fracos”.

A Constituição prevê a prisão de parlamentares em flagrante delito durante o exercício do mandato. No caso de Chiquinho Brazão, o STF determinou que ele estaria obstruindo as investigações, um dos requisitos para a prisão preventiva. No entanto, alguns parlamentares questionam se essa situação se enquadra como flagrante.

Por outro lado, segundo fontes próximas, Lira reconheceu a gravidade do caso Marielle e entende que este não é o momento para a Câmara enviar um recado ao Supremo durante a análise da prisão de Brazão..

Suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle Franco, Chiquinho Brazão foi preso no domingo (24). No entanto, de acordo com a Constituição, caberá à Câmara dos Deputados decidir sobre sua permanência na prisão.

 

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