Interrogatório mostra aumento de pressão sobre família Cid, após áudios do tenente-coronel atacando Moraes e a PF virem à tona.
O interrogatório de ontem do general Mauro Lourena Cid não foi frutífero para as investigações da Polícia Federal. Isso porque o pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foi chamado para esclarecer um fato, mas não colaborou nas suas respostas. A oitiva teve duas horas e meia de duração.
As perguntas foram realizadas no âmbito do inquérito das joias da Arábia Saudita. O general é apontado pela PF como um dos responsáveis por comercializar, nos Estados Unidos, itens que pertencem ao Estado brasileiro, mas que Jair Bolsonaro se apropriou indevidamente como presidente.
O novo interrogatório aumenta a pressão sobre Mauro Cid e sua família. Ele foi preso novamente na sexta-feira passada (STF), depois que seus áudios com ataques a Alexandre de Moraes e à maneira como a PF conduziu sua colaboração vieram à tona.
Um dos pontos do acordo assinado por Cid prevê que membros da sua família implicada nos inquéritos sejam poupados. Como informou a coluna, com a possibilidade de acordo do tenente-coronel ser rompido, general Lourena Cid teme ser o próximo alvo de prisões.