O Hamas anunciou, na terça-feira (26/03), que 18 pessoas morreram, incluindo 12 que se afogaram no mar, enquanto tentavam recuperar a ajuda alimentar lançada de paraquedas na Faixa de Gaza, na segunda-feira (25/03). As autoridades pediram a “interrupção imediata das operações de lançamento aéreo” e a abertura “rápida” do acesso terrestre para ajuda na região devastada pela guerra
Além dos 12 palestinos que se afogaram, seis pessoas morreram no tumulto que se formou com a chegada de ajuda por paraquedas, de acordo com um comunicado do movimento palestino Hamas.
Algumas delas ficaram feridas e foram levadas a três hospitais da cidade de Gaza, no norte do país, onde morreram na manhã de terça-feira ou antes do amanhecer, disse à agência AFP o diretor do escritório de imprensa do governo em Gaza, Ismaïl Al-Sawarka, acrescentando que muitas das vítimas eram jovens e algumas crianças.
“Sempre alertamos os países que realizam operações de lançamento aéreo sobre o perigo de procedimentos incorretos, porque parte dessa ajuda cai no mar, parte cai nos territórios palestinos ocupados e parte acaba em áreas perigosas, colocando a vida de civis famintos em perigo extremo”, descreveu o comunicado.
Aeronaves militares vêm lançando carregamentos de ajuda humanitária há várias semanas, com o apoio de países como Reino Unido, França, Estados Unidos, Egito e Jordânia.
Em 8 de março, cinco pessoas foram mortas e dez ficaram feridas quando pacotes de ajuda foram lançados de aviões na cidade de Gaza.
Tem havido cada vez mais pedidos para que Israel abra mais pontos de passagem para a Faixa de Gaza, que está sitiada. De acordo com as Nações Unidas, antes da guerra, pelo menos 500 caminhões entravam em Gaza todos os dias, mas atualmente, são apenas cerca de 150.
*Opera Mundi