A resolução para o cessar-fogo imediato em Gaza aprovada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), na segunda-feira (25), não foi atendida por Israel, que segue com bombardeios na região.
Já são mais de 32 mil mortos palestinos na guerra iniciada em 7 de outubro. O Ministério da Saúde de Gaza indicou que foram mortos 70 palestinos durante a madrugada, depois de aprovada a resolução.
Parte deles, 13 pessoas, tiveram as vidas tiradas por ataques aéreos próximos à cidade de Rafah, onde 1,5 milhão de pessoas estão após os bombardeios devastarem grande parte do território, principalmente o norte.
Além do cessar-fogo durante o Ramadã (10 de março a 9 de abril), a resolução estabelece a libertação de reféns e a entrada de ajuda humanitária. Soltar os reféns não está condicionado à trégua, uma posição diferente da resolução anterior proposta pelos Estados Unidos e que havia sido rejeitada.
O Hamas disse acatar a decisão e estar disposto a trocar prisioneiros com Israel, a quem acusa de boicotar as negociações. Estima-se em 130 os reféns detidos pelo Hamas, enquanto Israel mantém 7 mil palestinos presos.
Nesta terça (26), uma perita da ONU deve apresentar um relatório pedindo que Israel sofra embargo de armas, uma vez que existem provas de que o país promove um genocídio no território palestino, diz o Vermelho.
Segundo a ONU, que confirma a informação do Ministério da Saúde, “poucas horas após aprovação de resolução do Conselho de Segurança pedindo cessar-fogo imediato surgiram relatos de mortes de menores; os óbitos infantis desde o início da guerra chegaram a 13.570; representante do Unicef descreve o norte do enclave como apenas “caos, ruinas e escombros”.
Por outro lado o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, utilizou as redes sociais para rebater a resolução e manter o posicionamento pelo genocídio sob a alegação de acabar com o Hamas: “O Estado de Israel não cessará fogo. Destruiremos o Hamas e continuaremos a lutar até que o último dos raptados volte para casa.”