O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teve um depoimento marcado por desabafos pessoais antes de ser preso nesta sexta-feira (22).
Durante uma hora e meia no Supremo Tribunal Federal (STF), ele lamentou questões pessoais, incluindo seu ganho de peso e a sensação de ser tratado como um pária por amigos.
No depoimento, Cid expressou preocupações sobre sua situação financeira em comparação com outros envolvidos na investigação.
Ele explicou que sua fala sobre “todos se darem bem e ficarem milionários” em um áudio vazado referia-se a Bolsonaro, que recebeu transferências via Pix de apoiadores, e aos generais envolvidos na investigação que agora estão na reserva.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro destacou sua perda de status e a sensação de estar enclausurado, afirmando que engordou cerca de 10 quilos. Ele lamentou a exposição midiática intensa que afeta suas relações pessoais, descrevendo como os amigos agora o tratam com distância, como se fosse um “leproso”, para evitar problemas.
Cid enfatizou que seus áudios foram um desabafo e negou qualquer coação. Ele explicou que sua referência à “narrativa pronta” dos policiais se relacionava à divergência entre a linha de investigação e sua própria versão dos fatos.