Os áudios mostram Mauro Cid, em conversa com um amigo, no qual ele alega estar sendo pressionado a fazer declarações que não representam a verdade
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, apresentou uma representação ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o tenente-coronel Mauro Cid, após suas declarações durante conversa gravada, conforme reportado pela revista “Veja”.
A medida foi tomada imediatamente após a divulgação dos áudios em que Cid afirma ter sido coagido a fazer suas declarações na delação, informa Miriam Leitão, em O Globo.
“Vimos com gravidade o teor das afirmações proferidas. Representamos ao STF para que haja esclarecimentos, pois não permitiremos acusações levianas contra a Polícia Federal e o STF. Ninguém difamará a instituição sem sofrer consequências”, declarou Rodrigues.
Os áudios divulgados pela revista “Veja” mostram Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em conversa com um amigo, no qual ele alega estar sendo pressionado a fazer declarações que não representam a verdade, e vai além, fazendo acusações à Polícia Federal e ao ministro do STF Alexandre de Moraes.
Em uma das passagens, ele afirma: “O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele solta quando ele quiser, como ele quiser. Com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação.”
Outro momento da conversa revela Cid mencionando um encontro entre Moraes e o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando: “Eu falei daquele encontro do Alexandre de Moraes com o presidente, eles ficaram desconcertados, desconcertados. Eu falei: ‘Quer que eu fale?’