Servidores municipais de São Paulo rejeitam reajuste salarial proposto por Nunes e greve continua

Servidores municipais de São Paulo rejeitam reajuste salarial proposto por Nunes e greve continua

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Cerca de 70% dos agentes de combate a endemia de dengue estão paralisados, segundo o sindicato.

Os servidores municipais de São Paulo, que estão em greve desde o dia 13 de março, decidiram continuar o movimento de paralisação após o prefeito Ricardo Nunes (MDB) enviar para a Câmara Municipal uma proposta de reajuste salarial de 2,16% para a categoria, que pede 16%.

A decisão foi tomada em assembleia durante ato na frente da Câmara Municipal, nesta terça-feira (19). De acordo com o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), 20 mil trabalhadores participaram da manifestação.

Entre os grevistas, estão os agentes de combate à endemia, que trabalham na prevenção à dengue em São Paulo. O município está em estado de emergência pela proliferação da doença.

De acordo com o Sindsep, 70% das Unidades de Vigilância em Saúde (Uvis), que estão vinculadas à Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), aderiram à greve na capital paulista. Elas atuam na vigilância ambiental, sanitária e epidemiológica.

“A proposta do Nunes não cobre nem a inflação. É uma brincadeira com o servidor. Rejeitamos aqui a oferta e ficaremos aqui até que o projeto seja votado, para revertermos esse deboche do prefeito conosco”, afirmou João Gabriel, presidente do Sindsep.

Na assembleia, ficou determinado que os servidores ficarão acampados, em vigília, de terça-feira até quinta-feira, dias de votação na Câmara Municipal, para acompanhar a tramitação do projeto. Entre os vereadores, há uma sensação de que o presidente da Casa, Milton Leite (União Brasil), que é da base do governo, pode levar o reajuste para que o plenário vote ainda nesta semana.

“Oferecer 2,16% é uma desvalorização da categoria, um absurdo e um desrespeito com esses milhares de trabalhadores que estão aqui. Tem recurso em caixa para fazer um reajuste maior, é o melhor momento econômico e financeiro da Prefeitura. O que ele propõe é um deboche”, disse o vereador Carlos Giannazi (PSOL), que desceu de seu gabinete e foi até os manifestantes.

 

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