O primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva imprimiu uma série de importantes marcas para a economia brasileira, entre elas, a exportação recorde de frutas. O valor total em 2023 foi de US$ 1,34 bilhão, crescimento de 23,5% em relação a 2022.
Em termos quantitativos, foram mais de um milhão de toneladas de frutas vendidas ao mercado internacional no ano passado. A manga figura em primeiro lugar, com 266 mil toneladas, tendo registrado aumento de 15%. Outro destaque é a uva, que teve um aumento de 40% na exportação.
De acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), cerca de 93% da manga exportada vem do Vale do São Francisco, na região Nordeste, em especial nos estados da Bahia e Pernambuco, que respondem por 47,36% e 45,42% da exportação, respectivamente. O restante veio dos estados de São Paulo (3,25%), Rio Grande do Norte (2,54%) e Ceará (0,79%).
Segundo o órgão, o ano de 2024 começou ainda melhor que 2023 para a manga brasileira: nos primeiros meses, foram exportadas 24,5 mil toneladas ante 16,8 mil t no ano passado.
De acordo com boletim de fevereiro da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em janeiro de 2024, o volume total enviado ao exterior foi de 84 mil toneladas de frutas, inferior em 6,75% em relação a janeiro de 2023, e o faturamento foi de US$ 92 milhões (FOB), superior 26,73% em relação ao primeiro mês de 2022 e de 4,23% em relação a janeiro de 2023.
Os principais estados exportadores foram o Rio Grande do Norte (43%), Pernambuco (11%), Bahia (9%), São Paulo (13%) e Ceará (15%). Os principais compradores foram Países Baixos (43%), Reino Unido (21%) e Espanha (15%). Entre as frutas mais exportadas nesse início de ano estão melões, mangas, limões e limas, melancias, conservas e mamões, diz o Vermelho.
Conforme a Conab, “a expectativa é que os bons envios continuem em 2024, com possível aumento do volume exportado, devido aos ganhos a serem apropriados por causa de investimentos nas culturas feitos no ano passado, à projeção de tempo adequado para a produção das principais frutas, à estabilidade nos custos de produção pós-pandemia e aos problemas climáticos em alguns países”.
Seguindo a mesma trilha, o agronegócio como um todo também exportou seu maior valor, atingindo US$ 166,6 bilhões no ano passado. Este valor equivale a 49% de todas as exportações brasileiras, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária. Em relação a 2022, o crescimento foi de 4,8% (US$ 7,68 bilhões).
Nesse universo, os grãos somaram 193,02 milhões de toneladas exportadas, valor 24,3% superior ao do ano anterior. Os produtos que mais influenciaram esse crescimento foram a soja (US$ 6,49 bilhões), os sucroalcooleiros (US$ 4,60 bilhões) e os cereais, farinhas e preparações (US$ 1,18 bilhão).
Cabe destacar, ainda, que conforme o governo federal, o Brasil teve recorde na produção de grãos em 2023, com 319,80 milhões de toneladas, crescimento de 18%.