O presidente enfatizou que lidar com a questão da dívida estadual é uma questão de “boa governança”, visando garantir recursos para investimentos nos municípios e unidades federativas.
Durante um evento no Rio Grande do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou nesta sexta-feira (15) a determinação do governo federal em buscar uma renegociação da dívida dos Estados com a União, afirmando que todos os envolvidos merecem “o direito de respirar”.
Em uma cerimônia para anunciar investimentos do PAC em Porto Alegre, Lula destacou que já estava ciente dos pedidos dos governadores por uma renegociação da dívida durante seus mandatos anteriores, ressaltando que é “obrigação” do governo buscar soluções para a questão.
“Estamos determinados a nos reunir com os governadores e renegociar a dívida dos Estados para garantir que todos tenham o direito de respirar”, afirmou Lula.
O presidente enfatizou que lidar com a questão da dívida estadual é uma questão de “boa governança”, visando garantir recursos para investimentos nos municípios e unidades federativas. Ele também expressou o desejo de uma “boa cumplicidade” entre os entes federados.
Durante o evento, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), em seu discurso antes de Lula, fez um apelo direto ao presidente por uma solução para o problema, destacando que a dívida está impedindo investimentos em áreas estratégicas.
“Com as condições atuais do contrato da dívida, ela vai limitar nossa capacidade de investimento, de remuneração adequada aos servidores públicos e de contratação de novos servidores”, declarou Leite.
Na quarta-feira (13), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para discutir o tema da dívida.
Após o encontro, Tarcísio afirmou que a proposta da Fazenda será apresentada ao presidente Lula na próxima semana e discutida com os governadores após aprovação do Palácio do Planalto. Ele destacou que o objetivo é chegar a um texto final dentro de 60 dias, gerando um projeto de lei que será enviado ao Congresso ainda no primeiro semestre deste ano, pedindo que a proposta represente “um meio termo” no debate.