Bolsonaro se reuniu com comando militar para pressionar por golpe, após receber minuta de Filipe Martins, diz Mauro Cid

Bolsonaro se reuniu com comando militar para pressionar por golpe, após receber minuta de Filipe Martins, diz Mauro Cid

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A minuta sugeria prisões, incluindo ministros do STF, e a anulação do resultado das eleições de 2022, propondo um novo pleito.

Em seu depoimento à Polícia Federal, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, detalhou os bastidores de uma reunião que discutiu um golpe de Estado, conforme reportagem da revista Veja. Cid, cuja versão ganhou força com o depoimento do general Freire Gomes, ex-comandante do Exército, descreveu um encontro no Palácio da Alvorada em novembro de 2022, pouco após a derrota nas eleições para o presidente Lula.

Segundo Cid, durante essa reunião, o assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, apresentou a Bolsonaro uma minuta de decreto que denunciava uma suposta interferência do Poder Judiciário no Executivo. A minuta sugeria prisões, incluindo ministros do STF, e a anulação do resultado das eleições de 2022, propondo um novo pleito, diz o 247.

Bolsonaro, ativamente envolvido na elaboração do documento, fez modificações, retirando algumas prisões, mas mantendo elementos golpistas. Aprovado por Bolsonaro, a minuta foi discutida posteriormente em uma reunião com os comandantes do Exército, Aeronáutica e Marinha.

Durante esse encontro, Martins explicou o conteúdo do documento, omitindo detalhes sobre prisões e anulação das eleições. Contudo, em um momento posterior da reunião, apenas Bolsonaro e os comandantes permaneceram na sala, e o ex-presidente pressionou sobre a implementação do decreto golpista, conforme Cid soube posteriormente através do general Freire Gomes.

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