Ex-comandante não é investigado na Lesa Pátria, mas Exército teme que força seja implicada ao plano de golpe de Bolsonaro.
Ex-comandante do Exército, o general Freire Gomes depõe nesta sexta-feira (1º/3) na Polícia Federal (PF) sobre o plano de golpe de Estado de Jair Bolsonaro (PL). O caso, que tem vários militares envolvidos, ainda não associou diretamente o Exército brasileiro, como instituição, à trama golpista.
Mas isso tudo pode mudar durante a oitiva do general. Freire Gomes não é investigado formalmente na operação Lesa Pátria, mas será questionado sobre o papel do general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira naquela reunião em que se discutiu a possibilidade de golpe em dezembro de 2022.
Segundo a investigação, Theophilo teria comparecido à reunião a pedido (ou ordem) de Freire Gomes. Por isso, o Exército teme que outros militares da ativa sejam implicados ao crime de golpe de Estado.
Então comandante do Exército, Gomes também teria participado de outra reunião com Bolsonaro, na qual foram discutidos os detalhes da minuta de golpe que estabeleceria estado de sítio no país.
Cagão
A investigação mostra, até agora, que Freire Gomes não aderiu ao plano golpista de Bolsonaro e foi chamado de “cagão” por Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil.
Em mensagens interceptadas, Braga Netto faz o xingamento ao saber que o então comandante do Exército não apoiava a trama do golpe. Veja abaixo.
*Blog do Noblat