O Brasil está programado para apresentar, no Conselho de Direitos Humanos da ONU nesta segunda-feira (26), a defesa pela criação de um estado palestino, enquanto denuncia os crimes de Israel contra a população civil. Em nome do governo brasileiro, o ministro de Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, destacará a situação em Gaza como um dos principais pontos de seu discurso.
A mensagem, obtida exclusivamente pela coluna de Jamil Chade, do UOL, seguirá a linha já estabelecida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Almeida condenará os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultaram em mais de 1,2 mil mortes em Israel. No entanto, o discurso também expressará repúdio ao “uso desproporcional da força” por parte de Israel contra os palestinos, resultando em mais de 30 mil mortes.
A ida marca a primeira participação do Brasil em debates da ONU após o governo de Israel declarar Lula como “persona non grata” devido a seus comentários sobre a guerra em Gaza. Israel exigiu que Lula pedisse desculpas por fazer uma referência à Alemanha nazista, o que não ocorreu, diz o DCM.
Na ONU, o termo tem sido evitado pela liderança da entidade. No entanto, em documentos internos, funcionários do alto escalão criticam a agência por não denunciar Israel. Uma pesquisa recente realizada pelo Escritório de Direitos Humanos da ONU concluiu que crimes de guerra podem ter sido cometidos tanto por Israel quanto pelo Hamas, mas novas investigações seriam necessárias para determinar outros crimes.