As equipes responsáveis pelas investigações estabelecerão uma comunicação estratégica durante os depoimentos.
Nesta quinta-feira (22), a Polícia Federal (PF) surpreenderá ao adotar uma estratégia inovadora durante os interrogatórios do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos demais depoentes envolvidos na Operação Tempus Veritatis, informa Guilherme Amado, no Metrópoles.
As equipes responsáveis pelas investigações estabelecerão uma comunicação estratégica durante os depoimentos. Isso significa que um delegado poderá acompanhar o que outro investigado está relatando em sessões paralelas e utilizar essas informações para aprofundar o interrogatório em andamento.
Por exemplo, caso o general Augusto Heleno esteja sendo questionado, os investigadores poderão usar declarações recentes de seu colega de farda, o ministro Braga Netto, que tenham sido feitas em outra sala da Polícia Federal. Essa tática visa desestabilizar depoentes que inicialmente optaram pelo silêncio. Ao perceberem que outros envolvidos estão fornecendo versões que os prejudicam, podem reconsiderar e também decidir responder às perguntas.
A estratégia-surpresa da PF busca obter informações mais precisas e reveladoras, contribuindo para o avanço das investigações e a busca pela verdade nos desdobramentos da operação.