PF investiga se um dos jet ski utilizado pelo clã Bolsonaro teria sido usado para esconder provas no dia da operação contra Carlos Bolsonaro.
Um jet ski usado pela família Bolsonaro virou alvo de suspeitas da Polícia Federal no dia da operação na casa do ex-presidente da República em Angra dos Reis (RJ), na segunda-feira (29/1).
Naquele dia, o vereador Carlos Bolsonaro, alvo do mandado de busca, saiu para pescar no mar de Angra logo cedo com o pai, Jair Bolsonaro, o irmão Flávio e amigos em uma lancha e dois jet skis (um amarelo e outro azul).
Quando a PF chegou à residência, por volta das 9h, Bolsonaro e os filhos estavam em alto-mar. Carlos e o pai só voltaram para casa por volta das 11h, após Eduardo Bolsonaro negociar com os policiais o retorno do vereador.
Nesse vai e vem de embarcações, chamou a atenção da PF o fato de somente um dos dois jet skis, o azul, ter retornado à residência de Bolsonaro enquanto os policiais cumpriam o mandado de busca no local.
Mais do que isso, chamou a atenção da Polícia Federal o fato de o senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do ex-presidente da República, não ter voltado com o pai e o irmão.
Como noticiou o repórter Arthur Guimarães no Metrópoles, a PF investiga se o jet ski faltante foi usado para transportar e esconder, em propriedades de conhecidos na região, provas ou materiais suspeitos.
Mas afinal, quem é o dono do jet ski? A coluna apurou que a moto aquática pertence ao empresário Renato Araújo, lançado por Bolsonaro dias antes da operação como pré-candidato a prefeito de Angra.
À coluna, Renato confirmou ser o proprietário do jet ski amarelo faltante. Ele disse ter emprestado a moto aquática a Bolsonaro desde o início de janeiro, quando o ex-presidente chegou à cidade para passar férias.