Lula afirma ao anunciar nova política industrial que Brasil tem que ser definitivamente grande e desenvolvido.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou hoje (22) o plano da Nova Indústria Brasil (NIB), uma política que promete investir R$ 300 bilhões até 2026 para impulsionar a neoindustrialização do país. O projeto, focado na sustentabilidade e inovação, foi elaborado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) e visa a transformar o perfil da indústria brasileira em um setor mais inovador, verde, exportador e produtivo.
Durante a reunião do CNDI no Palácio do Planalto, o presidente Lula enfatizou a importância de uma política industrial avançada para o desenvolvimento do Brasil. “É muito importante para o Brasil que a gente volte a ter uma política industrial inovadora, uma política industrial totalmente digitalizada como o mundo exige hoje, e que a gente possa superar, de uma vez por todas, esse problema de o Brasil nunca ser um país definitivamente grande e desenvolvido. Nós estamos sempre na beira, mas nunca chegamos lá”, disse o presidente.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Geraldo Alckmin, que também preside o CNDI, entregou o plano ao presidente. Alckmin destacou que a nova política industrial prioriza a pesquisa e a tecnologia para aumentar a competitividade do país. “A nova política posiciona a inovação e a sustentabilidade no centro do desenvolvimento econômico, estimulando a pesquisa e a tecnologia nos mais diversos segmentos, com responsabilidade social e ambiental. Esta política representa uma visão de futuro. Uma declaração de confiança em nossa capacidade de competir e liderar áreas estratégicas diante do mundo”, afirmou Alckmin.
As missões da NIB incluem fortalecer as cadeias agroindustriais para garantir a segurança alimentar e nutricional, ampliar a produção nacional de medicamentos e equipamentos médicos, melhorar a infraestrutura urbana de forma sustentável, digitalizar a indústria nacional, promover a bioeconomia e descarbonização, e alcançar autonomia na produção de tecnologias críticas para a defesa.
As medidas do plano incluem ainda o reforço no sistema de compras públicas, um regime tributário especial para a indústria química, a desburocratização do ambiente de negócios e do sistema de registro de propriedade intelectual. Os recursos de R$ 300 bilhões serão gerenciados pelo BNDES, Finep e Embrapii, e disponibilizados por meio de linhas específicas dentro do Plano Mais Produção.