Cid é suspeito de participar de uma live golpista de Bolsonaro, de gerir recursos da família presidencial, de vender joias recebidas por Bolsonaro e de falsificar cartões de vacinação.
O tenente-coronel Mauro Cid, que foi preso e está sendo investigado por suspeita de diversos crimes ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, pode ser promovido a coronel em 30 de abril, se não virar réu na Justiça até lá. A cúpula do Exército espera que o Ministério Público Federal apresente denúncia contra o militar dentro desse prazo.
Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro durante a gestão do ex-presidente, é um dos primeiros colocados da sua turma na Academia Militar das Agulhas Negras e, sem a apresentação da denúncia, poderia preencher as exigências para a promoção. Mas, caso, se torne réu, ficaria impedido de ser promovido, pelas regras vigentes na caserna.
A possível promoção de Cid tem causado apreensão entre os generais próximos do comandante do Exército, general Tomás Paiva. Cid é suspeito de participar de uma live golpista de Bolsonaro, de gerir recursos da família presidencial, de vender joias recebidas por Bolsonaro e de falsificar cartões de vacinação, segundo a Folha.
Ele também é investigado por um suposto plano de golpe de Estado após a eleição de Lula. Cid fez um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.
Formando na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), Cid se formou em 2000 com a terceira melhor nota da turma e obteve o primeiro lugar de mestrado na Esao (Escola Superior de Aperfeiçoamento de Oficiais). O prêmio fica exposto em medalha na farda do tenente-coronel.
Colegas de turma consultados afirmam reservadamente que, sem um desdobramento no Judiciário, ele é o principal candidato à promoção em abril.