STF destaca trabalho contra o golpismo depois do 8 de janeiro

STF destaca trabalho contra o golpismo depois do 8 de janeiro

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O próximo 8 de janeiro será muito diferente do ano anterior. A data que cai na próxima segunda-feira será marcada por atos em celebração da democracia e vitória sobre o golpismo – levado a cabo por pessoas insufladas a não reconhecer o resultado das urnas.

Um ano depois o Supremo Tribunal Federal (STF) lembrou em publicação a sua rápida resposta a tamanha barbárie contra a nação brasileira.

A corte lembra que no mesmo dia  “243 pessoas foram presas dentro dos prédios públicos e na Praça dos Três Poderes (161 homens e 82 mulheres), após ação da polícia para retomar o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo”.

O ministro Alexandre de Moraes ainda determinou “a dissolução, em 24 horas, dos acampamentos realizados nas imediações dos quartéis generais e unidades militares, a desocupação de vias e prédios públicos em todo o território nacional e a apreensão de ônibus que trouxeram terroristas para o Distrito Federal”.

No dia seguinte, 9 de janeiro, mais 1.927 pessoas foram triadas, sendo que após a libertação de idosos e mães de crianças menores, seguiram presas 1.152 pessoas.

Ainda foram detidos Anderson Torres, então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF), e o coronel Fábio Vieira, comandante da Polícia Militar do DF.

A investigação sobre as condutas que envolveram os atos ainda foi responsável por afastar do cargo por certo período o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.

Com o passar dos meses foram concedidas liberdades provisórias e realizadas audiências de instrução com os detidos.

Até o momento já foram condenadas 30 pessoas pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Entre os crimes atribuídos constam:

  • associação criminosa;
  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • tentativa de golpe de Estado;
  • e deterioração de patrimônio tombado.

Segundo a corte 200 denunciados ainda serão julgados. Além disso, Moraes suspendeu a tramitação de 1.113 ações com vistas à realização de Acordo de Não Persecução Penal (ANPP).

O acordo é firmado pela confissão do investigado que deve cumprir determinadas condições. Quando as condições forem plenamente alcançadas a possibilidade de punição é finalizada.

Até o momento foram validados 38 acordos que envolvem, em suma, a prestação de 300 horas de serviços à comunidade ou a entidades públicas; a não cometer delitos semelhantes nem serem processados por outro crime ou contravenção penal e a pagar multa; além da participação presencial em um curso sobre Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado.

O saldo de todo o trabalho foi destacado pelo Supremo:

  • Total de prisões nos dias 8/1 e 9/1: 2.170
  • Total de pessoas que permanecem presas preventivamente: 66
  • Denúncias recebidas pelo STF: 1.354
  • Ações penais abertas: 1.354
  • Condenações: 30
  • Acordos de não persecução penal validados pelo STF: 38

*Com informações STF

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