Todos sabem que não existe capital político em conserva. A fotografia que se tirava de Aécio, depois de sua derrota para Dilma, é que ele tinha, debaixo do braço, um capital político próximo ao de Dilma.
E hoje, quem é Aécio na fila do pão? Um João, como Garrincha gostava de chamar seus marcadores quando ele deitava e rolava.
Com Bolsonaro, não seria diferente, até porque, com os gastos que teve, de forma ilegal no uso da máquina pública em 2022, era para ele ter vencido a eleição, mas perdeu e sabia que perderia, por isso aquele papo furado sobre urna eletrônica q a tentativa de cercear eleitores de Lula, utilizando a PRF, sob o comando de Silvinei Vasques.
Ou seja, com um ano de sua derrota, Bolsonaro perdeu muita musculatura política e, se ainda não está sarcopênico, em 2024 seu peso líquido chegará, no máximo, em 40% do que era.
Para o bolsonarismo, 2022 e 2023, foram anos trágicos. No caso de 2023, muitos pontos marcaram a derrocada do bolsonarismo, as vitórias do governo Lula, os expressivos resultados da economia, a redução acentuada do desemprego. A volta do Brasil entre as dez maiores economias do mundo, a queda acentuada do preço dos alimentos, sobretudo as proteínas, carne bovina, suína e de frango, e por aí vai.
No embate político, a coisa foi trágica para os bolsonaristas, com destaque para o ministro da Justiça, Flavio Dino, que literalmente, sambou nas costas dos políticos mais idiotas do bolsonarismo no Congresso. Isso, sem falar de outras lambadas que eles tomaram da esquerda.
E o que tem hoje o bolsonarismo para tentar não perder tanto capital político nas eleições municipais de 2024? Nada.
Na verdade, o bolsonarismo fez um pit stop em 2022 com a derrota de seu mito, bateu biela, ficou com os quatro pneus arriados e não tem qualquer estratégia para uma operação cerca-frango que ainda não tem uma centelha do bolsonarismo nas eleições municipais.
Está aí uma chuva de mentiras que eles, em bando, resolveram inundar as redes no primeiro dia do ano, numa clara confissão de derrota antecipada.