2,2 milhões em Gaza passam por desidratação grave, desnutrição e doenças infecciosas, segundo a OMS
Mohammed Aghaalkurdi, oficial de programa da organização beneficente Medical Aid for Palestinians (MAP) com sede no Reino Unido, diz que seus sobrinhos e sobrinhas em Gaza estão “desejando uma ceia quente e saudável” neste ano, já que centenas de milhares de palestinos deslocados tentam buscar proteção contra os bombardeios e a ofensiva terrestre de Israel.
“Enquanto as crianças de todo o mundo estão comemorando o Natal e o Ano Novo e estabelecendo resoluções para o que se espera que seja um futuro brilhante, as crianças de Gaza estão sendo fortemente atacadas”, disse Aghaalkurdi na segunda-feira (1).
Seu testemunho foi compartilhado com a CNN pela MAP. Ele está hospedado em uma casa alugada em Khan Younis, no sul de Gaza, com pelo menos 10 outras pessoas — incluindo cinco de seus colegas e suas famílias.
O cerco total de Israel ao território palestino e as severas restrições à entrada de suprimentos essenciais na faixa provocaram uma espiral de preços dos alimentos. O que deixou 2,2 milhões de residentes em Gaza em risco de desidratação grave, desnutrição e doenças infecciosas, incluindo infecções do trato respiratório superior, diarreia, piolhos e sarna, catapora, erupções cutâneas, icterícia e meningite, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os ataques israelenses em Gaza desde os ataques do Hamas em 7 de outubro mataram pelo menos 22.185 palestinos, a maioria dos quais são mulheres, crianças e idosos, de acordo com o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas.